01/12/2012 09h55
- Atualizado em
01/12/2012 09h55
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Foram cinco meses de planejamento, que incluíram a obtenção de vistos de entrada no Japão e no Canadá, ponto de escala da viagem aérea, aquisição de passagens e ingressos, reservas de hotéis. E, ao optarem por fazer tudo por conta própria, os amigos penaram com alguns detales e encaram imprevistos sem conta.
- Tivemos problemas por causa do passaporte com a greve da Polícia Federal e para tirar o visto canadense. Mesmo apenas fazendo a escala, tivemos de tirar o visto e foi muito difícil, burocrático. O pior foi comprar os ingressos: quando saiu a venda, o site da Fifa deu vários problemas. Os ingressos para a final deram certo, mas, para a semifinal, a gente achou que na primeira compra tinha dado erro e, para não correr riscos, acabamos comprando de novo. Agora lugar é o que não vai faltar para a gente - brinca Renato Almeida.

- É a viagem das nossas vidas. Primeiro pela experiência de conhecer um país diferente, uma cultura diferente. A outra emoção, a principal, é ver o Corinthians conquistar o bicampeonato mundial. Ver o estádio tomado por corintianos. Será uma experiência para toda a vida - diz Guilherme Rodelo, empresário.
Os três corintianos estão bem confiantes com o título mundial, não apenas por serem torcedores. O primeiro jogo do Corinthians será no dia 12 de dezembro, e a possível final contra o Chelsea, sonho de todo corintiano, no dia 16. Para eles, tudo está conspirando a favor do Corinthians neste ano e o título virá.
- Ganhamos a Libertadores e de forma invicta, estamos construindo um estádio que será o local da abertura da Copa do Mundo, o Palmeiras caiu de divisão. Tudo está dando certo para o Corinthians este ano e acredito que vamos ganhar do Chelsea e levar o bicampeonato - afirma Bruno Cerazi, que é desenvolvedor de software.

Para eles, planejar a viagem foi um desafio, desde a compra do dinheiro até as passagens para andar de trem bala no Japão. Mas, para Renato Almeida, ao pisar em solo japonês, aí sim virá o principal desafio: encontrar o hotel.
- A primeira etapa foi cumprida, de planejar a viagem. Chegando virá para mim o maior desafio, que será andar pela cidade e encontrar o hotel, depois encontrar o estádio. É uma língua muito complicada e diferente da nossa. Então estamos estudando para não dar nenhum problema na hora - afirma.
E vale de tudo para aprender a língua. Enquanto Renato Almeida comprou um guia para turistas com palavras chaves em japonês, Bruno baixou um aplicativo de tradutor simultâneo para o celular: você fala o que quer em português e o programa traduz e ainda fala em japonês.
- Se chegar na hora e a gente passar aperto para falar e explicar o que queremos, é só usar o aplicativo. A comunicação será o maior desafio, mas vale tudo para ver o Corinthians campeão mundial. Na hora H, é só falar que somos brasileiros e um "Vai, Corinthians!" para achar algum brasileiro para nos ajudar - brinca Renato.
Para o caso de a saudação falhar, porém, Renato Almeida vem estudando há alguns meses o guia de tradução para turistas. Além dos tradicionais comprimentos, como "olá", "obrigado", "bom dia" e "boa tarde", ele já aprendeu uma frase que, pelo visto, deve usar bastante.
- Já aprendi a falar “não sei falar japonês” na língua deles. Então eles vão me entender, pelo menos que eu não sei falar nada. O resto vai na base da mímica e, no fim, tudo vai dar certo – diz Renato.
O valor de ver um sonho realizado não tem preço? Bom, tem sim. Apesar de não revelarem quanto gastarão para ver o Corinthians no Mundial de Clubes, eles resolveram inventar vários valores para a viagem.
- Para cada pessoa que pergunta tem um preço. Para as nossas mulheres a gente diz que foi baratinho e deu para dividir em várias vezes. Para os amigos legais a gente diz também que é barato e que dá para pagar sim, incentivando para ir com a gente. Para amigo chato a gente diz que é muito caro e que não compensa - brinca Renato, sem revelar os valores.

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