segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Novo ministro do STF julgará habeas corpus do goleiro Bruno



Teori Zavascki, que tomou posse nesta quinta, é novo relator do processo.
Não há prazo para decisão que poderá libertar acusado preso desde 2010.

Cristina Moreno de Castro Do Portal 28 Horas
Teori Zavascki, indicado para o Supremo Tribunal Federal, na segunda parte da sabatina no Senado (Foto: Wilson Dias/ABr)Novo ministro do STF Teori Zavascki será relator do
habeas corpus de Bruno. (Foto: Wilson Dias/ABr)
A decisão sobre a libertação do goleiro Bruno Fernandes, preso desde julho de 2010 pelo desaparecimento e morte de sua ex-amante Eliza Samudio, agora está nas mãos de um novo ministro do Supremo Tribunal Federal: Teori Zavascki.
Zavascki tomou posse nesta quinta-feira (29), ocupando a vaga deixada por Cezar Peluso em agosto deste ano.
Ele será relator do habeas corpus 111810, que tramita no STF desde dezembro de 2011 e que já passou pelas mãos dos ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Joaquim Barbosa.
Os três magistrados já deram decisões negando o pedido de liminar para libertar imediatamente Bruno da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Mas, para cada negativa, o advogado Rui Pimenta entrou com um recurso.
Agora caberá a Zavascki decidir o último recurso ou colocar o habeas corpus na pauta da casa, para ser julgado definitivamente por todos os ministros. Não há prazo para que qualquer uma dessas decisões ocorra.

20.nov.2012 - Rui Pimenta na frente do fórum, antes de ser destituído da defesa de Bruno pelo próprio goleiro (Foto: Pedro Triginelli/G1)Advogado de Bruno, Rui Pimenta, tenta conseguir
alvará de soltura do goleiro por meio de habeas
corpus, que tramita no STF.
(Foto: Pedro Triginelli/Portal28Horas)
Presunção de inocência
Para Pimenta, Zavascki decidirá a favor do goleiro, por ser um “legalista”. “Ele vai ter que obedecer a jurisprudência do Supremo.”
O advogado de Bruno diz que “o STF tem a obrigação de defender a Constituição” e que o artigo 5º da Constituição prevê a presunção de inocência. “Ninguém pode ir para a cadeia antes da sentença com trânsito em julgado [sem possibilidade de novos recursos] e, no caso do Bruno, não tem nem sentença ainda.”
Na última terça-feira (27), Pimenta havia dito ao Portal 28 Horas que “a única chance de Bruno” é a liberdade através do habeas corpus. "Ele deve ficar uns três anos em liberdade antes de cumprir a pena. Aí pode voltar a jogar futebol [nesse período de espera em liberdade]."
Antes, ele declarou que, com a confissão de Macarrão no tribunal de júri, Bruno não tinha mais “condição” de ser absolvido e que deverá pegar pena de 25 a 30 anos de prisão.

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